Como estruturar um modelo de remuneração efetivo na sua empresa

Segundo a pesquisa do LinkedIn "Tendências dos Talentos Globais", realizada com dados de 14 países, salário e benefícios estão no topo da lista de prioridades dos profissionais, seguidos por bem-estar, flexibilidade e oportunidades de desenvolvimento. Não à toa, criar um bom modelo de remuneração se tornou um dos maiores desafios para a área de RH.

Mas como promover uma política de compensação que esteja dentro das possibilidades da companhia e, ao mesmo tempo, atenda às expectativas das pessoas?

Um estudo da Futuro RH, realizado com 487 CEOs, gerentes, coordenadores e analistas de empresas brasileiras e multinacionais, em 2020, apontou que apenas 18% dos colaboradores concordaram que o RH das organizações onde trabalham possui uma filosofia de remuneração conectada com suas necessidades.

O primeiro passo para desenvolver uma filosofia de remuneração alinhada aos novos anseios da era digital é compreender de maneira detalhada o perfil e a estrutura do quadro de funcionários e mapear os objetivos do negócio. São esses dois pontos de partida que vão ajudar o RH na construção de um modelo consistente e coerente.

O que é modelo de remuneração?

Em uma definição teórica, a remuneração é um pagamento acordado entre duas partes que pode envolver salário, benefícios, honorários, prêmios, bônus, ações, horas extras, entre outros.

Ou seja, ela é o conjunto de tudo o que o colaborador recebe direta e indiretamente — lembrando que o salário faz parte da remuneração, mas a remuneração não se limita a ele.

Em tempos de alto turnover e fenômenos como quiet quitting, ter um filosofia de compensação financeira bem desenhada faz toda a diferença para manter a retenção e a motivação dos talentos.

Vantagens de uma política de remuneração estruturada

Se for bem elaborado, o modelo de remuneração pode impulsionar a competitividade da companhia, incentivar o desenvolvimento dos colaboradores e até ajudar na preservação do meio ambiente. Além disso, existem diversas outras vantagens, como:

• Alinhamento com objetivos do negócio: se a meta da empresa é alavancar um produto e o colaborador ganha comissão extra ao atingir esse objetivo, por exemplo, isso vai estimulá-lo a se esforçar a vender mais daquele item.
• Controle de gastos futuros: um plano estruturado assegura uma política de remuneração segura do ponto de vista jurídico.
• Atração de talentos: como mostram as pesquisas, além de flexibilidade, os funcionários hoje avaliam mais do que o salário, toda a composição financeira, incluindo aí benefícios, possibilidade de compra de ações, entre outros aspectos. Com uma posição de mercado competitiva, a companhia garante que funcionários qualificados queiram trabalhar nela.
• Equidade e inclusão: uma boa filosofia de remuneração leva à equidade salarial, um dos princípios da isonomia salarial, que determina que colaboradores do mesmo cargo tenham salários equiparados. Essa equidade garante segurança para gêneros e minorias prejudicados em rankings salariais.

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